terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ser mãe não é tarefa fácil. É fácil desejar ter um filho, mas ter este filho, não. Criar um filho não é para qualquer um. Educação de uma criança é um trabalho constante e cansativo.
Querer ter um filho, engravidar muito jovem, cuidar bem desta criança e perdê-la em vida, é doloroso demais.
Imagine ter um filho e não poder mais vê-lo. Imagine ter um filho e não poder mais fazê-lo dormir. Imagine ter um filho e não poder ser mais sua mãe. Sou mãe, mas não sou. Como entender isto? Levei um tempo para absorver, mas é algo que aconteceu comigo e acontece com muitas outras mulheres e vem acontecendo em proporções cada vez maiores.
Não desejo esta dor a ninguém.
O que leva uma pessoa a usar uma criança como um instrumento de sua vingancinha imatura, infantil e sem juízo? O que leva uma pessoa a achar que é dona de um filho, tratá-lo como um objeto e fazer dele e com ele, o que bem entender?
A minha estória começou em 2007 e vem se arrastando até hoje. Perdi a guarda da minha, então com 7 anos, e fiquei impossibilitada até de visitá-la. Sim. A juíza tirou a minha guarda, entregando-a ao pai, com Tutela Antecipada, levando somente em consideração, uma declaração da criança, menor de idade, acompanhada do pai (coação), a um membro do Ministério Público e não a um psicólogo e acompanhada de qualquer outra pessoa, que não a influenciasse. E assim se vão quase 10 anos.
Quando consegui o DIREITO de ver minha filha, aquela que pari aos 19 anos, que larguei faculdade, que amamentei até os 2 anos e meio, que dava banho sozinha, trocava as fraldas sozinha, pagava as despesas sozinha, que praticamente cuidava sozinha, eu só podia vê-la das 09:00 às 18h aos sábados.
A justiça alegava que era uma medida de proteção. MEU DEUS!!!!
Quando consegui uma visitação mais prolongada e depois de muito "esperniar", ele havia se mudado da Ilha do Governador, para São Pedro da Aldeia (RJ também). Quando informei e reclamei a respeito disso, em audiência, a Promotora, dita imparcial, disse que a cidade era logo ali. Bem, se ela ia pagar do bolso dela, a despesa mensal de 700 reais só nas visitações, beleza. Mas a cidade fica à 2 horas de onde moro (4 no total) e eu ainda tinha que levar meu filho mais novo, do atual casamento. Ia sozinha, às vezes levava minha mãe, mas ela ir comigo, não dava certo, porque ela brigava com o meu ex-marido e vice-versa.
E sair daqui, viajar, gastar mais de 150 reais nesta viagem e chegar lá, não ter ninguém pra me receber, era dose pra leão. Lá íamos nós pra Delegacia, registrar um Descumprimento de Determinação Judicial, que nunca seria apreciado pela Dra. Marise Cunha de Souza, a mesma que concedeu a guarda ao pai e com Tutela Antecipada.
Quero fazer valer a Lei de ALIENAÇÃO PARENTAL. Que ela sirva para todos. Que não haja distinção entre pais e mães, avós, tias/tios.
Que acordem e percebam que quem sofre é a criança!!! FAÇAM VALER O ECA!!!! O DIREITO DE CONVIVÊNCIA DA CRIANÇA COM TODOS OS ENTES PRÓXIMOS! PAREM DE AFASTAR AS CRIANÇAS DE SEUS PAIS E MÃES! PAREM COM ESTA INCOMPETÊNCIA POR MERA VAIDADE DE NÃO PERCEBEREM QUE NÃO ESTÃO APTOS A TRABALHAREM COM ALGO TÃO DELICADO!!!! ASSUMAM SEUS ERROS E OS CONSERTEM!